Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Víbora do Gabão


De trevas e ressurgimentos magnânimos, nada mais nos corrompe do que nossos próprios anseios e fraquejos, do que nossas embolias e letargias, do que nossa própria confluência ao confuso missionário autoconhecer. Nos destruímos, reconstruímos e novamente, aniquilamos. Muitas vezes em busca de perfeição e em outras, por sermos deveras, predadores de nossa própria extinção.

Laboriosas batalhas onde, a vitória é o ressurgimento de novos paradigmas, de novos cataclismas e de novas feridas putrefatas apostemadas que jamais se fecham. Parecemos buscar limites e concessões e onde menos devemos, mais desbravamos pra depois perceber que aquela guerra era senão desnecessária, pelo menos inútil, em outras vezes, aquilo foi importante, transformadora. Surgem mais cicatrizes e hematomas. Somos uma teia de marcas da vida, de sanguinolência e falsas percepções, de loucuras em meio a decepções.

Às vezes, de uma saga vitoriosa, fechamos algumas marcas, outras ainda persistem. Amadurecemos e nos apercebemos, conhecendo o nosso imago pueril, a nossa beleza em meio a tantas oscilações. Os outros inimigos existem, mas não importam, somos algozes de nossa própria paz interior. E o que fazer para minorar os efeitos desse corrosivo? Bem, complicada a questão. A única maneira de reduzir os danos é não repetir batalhas, não cultivar deslizes e valorizar as vitórias. Persistência nesse caso é fundamental, pois o “inimigo” pode surgir a qualquer momento, sem necessitar de um chamado. Tal qual a Víbora do Gabão se alimenta e se refugia, a espera de um novo momento propício, ou seja, sua fraqueza. Sempre faminta fica a espreita, aguardando, sorrateira. O que é salutar é que depois do ataque, podemos perceber que amadurecemos um pouco, nos machucamos muito e que esse é o mais natural e emblemático sentido da vida: lutar sempre!

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