Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

domingo, 25 de novembro de 2007

Ainda que me jurem...


Onde estão os significados da vida que não estão expostos em Outdoors pela cidade? Onde estão os pressupostos de vida em comum, de comunidade e de solidariedade, que não estão grifados nas propagandas de rádio, tv, revistas e jornal? Por onde serão que andam os instintos de comunhão e colaboração que não se ensejam nos papéis aos montes que desempregados funcionais nos entregam nas ruas, nos carros e dentro de shopings?

Na verdade o que se vê ai não é a pulsante vida, tampouco a essência desta, é na verdade a ressemantização de uma palavra chamada pobreza, que sob a égide do ócio cultural acabou tomando conta de um espaço fadado ao bom senso e a aglutinação de pensamento, ainda que discrepantes entre si. O que vemos ai, aqui e por todo o lugar é a demonstração de quão rasa e infunda é a existência humana, onde até a soberba parece sumir em meio aos motivos torpes e imediatistas de uma sociedade inútil.

Ainda que me jurem tudo isso ser verdade, ainda insisto e acredito que na verdade as coisas podem melhorar, tomar sentido coerente e por si, tornar aparente o que sempre pareceu ser óbvio: o senso de compromisso consigo e com o outro, o aprofundamento da existência, não para baixo (aqui nenhuma ode ao inferno), mas sim algo elevado (nem aqui ao céu), talvez, a hegemonização de uma sociedade justa. Não sei, hoje acordei sem enxergar sentido nas sociedades, até o sadismo de assistir tele-jornal e ver mortes e roubalheiras, associaram-se a um programa de turismo que mostra Versalhes e o fraco time de futebol ganhar de 2x1. Quanta inutilidade.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Oba, a coisa ficou preta!




Se deNEGRir, tem algum sentido racista por trás disso, penso que seria melhor em pensar, em outras obviedades de uma sociedade tão esquizofrênica e surreal. Quando se fala que a cor negra é a cor do pecado, não se preocupe em perceber nessa frase a clareza e de um racismo engendrado. Por que pecado? Quando pecar foi bom? A não ser que ressignifiquemos tal expressão e tomemos a semântica PECADO agora como “coisa” boa e natural. Como não somos de todo católicos, preferível não comentar.

Em dia de uma consciência, me pergunto se a tal não é de cunho libertador, afinal de fato e direito somos todos iguais e assim como paladar, quem quiser que sinta os seus... Sendo assim, a coisa ficou preta, pois a cada dia, percebemos que cada um se percebe enquanto ser escuro e de beleza própria, e antes que isso se torne uma moda, corra e se olhe no espelho, essa infantaria de modelos pode um dia bater à sua porta e sua cor passar naturalmente e sem traumas como algo fashion!

E agora sem medo de pecar, afirmo de pureza de alma negra que há certas verdades inescapáveis: a cada dia milhões de frases, atitudes e silenciados pré-conceitos pairam em nossa sociedade hipócrita e esbelta, e sinto ainda frases como “fim de um racismo” e “democracia racial” entoando mais o grito de uma turma que deseja que isso seja esquecido, em tentativa de silenciar a verdade de um povo que quer que isso seja lembrado e aniquilado, deixando nossas mãos limpas e não mais pútreas, colocando nossa alma limpa e negra à mostra e não se adequando a uma “alvejância” necessária à sobrevivência, transparecendo pela tez negra aquilo que de fato somos: gente!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Rapsódia.



Desconexo reflexo de um amplexo que me deixa perplexo, e meio sedento confesso que nesse estado em que essas coisas andam, é preferível tomar aos braços a força bruta e esquecer que o raciocínio e os diálogos são frontes de batalha.

Embora se esforce pra seguir o materialismo capitalista deveras egoísta, há certo apego, afinal, seu suor está contido ali, é parte de sua vida e de sua batalha, conseguira comprar aquele lindo alfinete. É seu, por direito! O pior é a inveja ou seria malícia (?), causada nas pessoas, que mesmo sem perceber o que tens, querem aquilo que tem. Isso na verdade não é mero colapso social, é também a vontade de ter! Não se deve andar por ai mostrando seus alfinetes a torto e direita, certamente ficará sem ele, alguém levará. Não temos mais a liberdade de possuir, temos agora que ou desistir de ter ou ter só pra si, quando possível.

Não, que loucura! Temos o direito, acabou a ditadura, ou melhor, a ditadura militar, existe ainda a da beleza, da alimentação, dos preconceitos, mas o fato é que estamos sitiados em nossos próprios sentimentos. Não há mais coragem pra mostrar aquela aquisição explosivamente capitalista por mais que seja simples. E nessa época em que vivemos onde desconfiar é preciso, guarde pra si seus alfinetes, por vezes o “cultue”, o utilize e desfrute do prazer, claro que solitariamente. Nessa rapsódia que é a sociedade, prudência significa inteligência.

Aqui não é possível ter alfinetes, ramalhetes, confetes, serpentes e nem brilhantes mentes, tudo é passível a ser roubado! É um assalto!

O engodo de um algoz.



Feriadão, feriadíssimo, feriadérrimo! Hora de descansar e se cansar ainda mais, esse momento é propício pra proclamar. Ué, mas é feriado de que? Certamente algo importante pra o Brasil, mas a mim, em nada importa. O que me importa fatos passados, eu quero mesmo é ir a praia e tomar todas. Esse feriado é de que mesmo?

Nesses nossos tempos de mentes rasas e despreocupação com o contexto e preocupação deveras com o pretexto, essas horas são pra subsumir, pra se aniquilar como ator social e passar a ser ator do ócio e da mutilação alienada. Hoje, é data de aniversário de Durkheim, que dentre tantos outros legados importantes, mostrou a existência de uma “Consciência Coletiva”. Ele partiu do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem que só se tornou Humano porque se tornou sociável, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste.

E por mais que o aniversário de sua morte não deva e nem seja o motivo desse feriado, esse legado cabe como luvas de amianto nesse momento nada rico de debates e reflexões। E claro que numa mesa de bar, calorosa como ventre materno, o bom mesmo é falar bobagens. Mas isso me lembra o sentido da euforia, onde se fica ensandecido, feliz à vera, mas não se sabe o porquê! Por favor, aproveitem a data de Proclamção da República e socialize-se, seja numa mesa de bar ou no âmbito privado do banheiro, é necessário ter sentido nas coisas, ao menos que Durkheim tenha dito alguma bobagem e na verdade, realmente ainda sejamos seres selvagens.




Em tempo: Marechal Deodoro não deve estar ao lado de Durkheim nesse momento। Naquela época, intelectuais e militares não eram miscíveis. Bobagem, mero embate entre brutalidade e inteligência.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

A destreza, a aspereza e a realeza.



Uma amiga querida me mandou certo link de vídeo by YouTube e fiquei pensando... Estamos numa avalanche moderna ao qual certos habitus se perderam em meio ao esquecimento. A desconfiança, a violência, a vida corrida ou até mesmo, a insensibilidade, nos tiraram o melhor de nossos genes ditos racionais: a elegância.

Não é necessário ser da Coroa Ibérica (com graves controvérsias), pra saber que educação não significa tempos com a bunda na cadeira em uma sala de aula, é algo além disso, e põe além nisso. Então, educados, saímos às ruas ou seria selva (?) em busca de socializar. Simplesmente cumprimentar uma pessoa exige destreza, pois ela pode não te responder e até mesmo, te agredir, sim, porque estamos tão ásperos socialmente que até bons gestos podem tornar-se indigestos.

Via no jornal dias atrás, que um rapaz avisara sobre uma porta de carro aberta em meio à rodovia, foi perseguido, espancado e quase morreu, mero gesto de gentileza em meio a selvagens. E ele depois afirmou, que jamais teria tal atitude, “quem quiser que caia do carro”. E essa contagiosa hermenêutica vai a nós dilacerando e cada dia mais nos tornando menos dignos de estarmos em convivência com outras “pessoas”. Ainda sim, cumprimente, agradeça, se enalteça por ser assim, afinal, cada dia é mais raros, gestos humanos. Não é necessário lutar, mas o mesmo caminho que o mau exemplo contagia, o inverso também pode e deve acontecer!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Arrote, você não está sozinho.







Antes que se pergunte, não escrevi isso ébrio, apenas, ao ver uma propaganda da “loira”, pensei acerca de algumas coisas acerca do bom hábito de refletir. Se Alex Fleming dizia que "a penicilina cura os homens, mas é o vinho que os torna felizes", quem sou eu pra retrucar alguma possibilidade de esculhambar algo tão antigo e valorado.


Mesmo que a desculpa de Amphis: "Bebe e diverte-te, pois nosso tempo na Terra é curto e a morte dura para sempre", seja talvez uma loucura para seres de mente (ou seria coração?) religiosos, a verdade é que aproveitá-la é uma escolha e não uma diretriz. E nesse quesito da bebida com teores de álcool, lembra-te: "Dado que o homem é o único animal que bebe sem sede, convém que o faça com discernimento”.




Apesar dessa máxima um tanto quanto óbvia e lúcida, o quase bêbado Burns já era lúcido mesmo depois de algumas taças, copos ou talagadas: "Na realidade, basta um drinque para me deixar mal. Mas nunca sei se é o 13º ou o 14º”. Ele pensava que "o primeiro chope é bom para a saúde; o segundo é bom para o prazer; o terceiro é bom para a vergonha e o quarto é bom para a loucura”.


O ato de beber tem mil motivações, ou para tornar as outras pessoas interessantes, para se tornar interessante e até, para perder o interesse em tudo, se desligar। Levant sabiamente invejava as pessoas que bebem, pois pelo menos têm alguma coisa em que botar a culpa, afinal inebriar-se, embriagar-se ou encharcar-se, é escamotear a realidade para um copo ou mais. E vamos e convenhamos, por mais que isso seja tão repulsivo depois de uma gloriosa ressaca, combinemos com os nossos fígados de testemunhas, às vezes beber transforma o impossível e em singular possibilidade real, por mais que certas vezes o antiácido não compreenda as pós-lamúrias. E pra todos e todas que não se abstêm de tal exercício, termino com a célebre frase de Jânio Quadros: "Bebo porque é líquido, Se sólido fosse, come-lo-ia”.

Quando os placebos são a nossa única chance de cura.



Sabes o que é placebo? É um tratamento inerte, que pode ser na forma de um fármaco, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está sendo tratado, ou seja, parece remédio mas na verdade, não o é.

Esse efeito imaginativo-curativo onde na verdade, não há nada de concreto (apenas farinha ou quiça, soda cáustica) que ali tenha a cura, acontece em muitas de nossas situações cotidianas, onde o surreal parece ser absolutamente real. Vou te dar alguns exemplos: o seu salário, que é maravilhoso (um leve pigarro) e chega no fim do mês não dá, e só esticando, mas você ainda consegue ir ao bar e encher a cara. Aquela falta de apetite, pra consolar a falta de condições de aumentar o volume de alimentos e mesmo sem comer, você engorda a cada dia mais, quase desesperadoramente. E ainda, aquela vizinha que de tão amiga, sempre lhe ajuda, mas por mais que se queira, ela acaba levando mais vantagem que ajudando a sua pessoअ cura.

Esses efeitos placebos são comuns e pouco aliciadores de sua paz espiritual। Agora imagine você votar em uma certa criatura e depois ela sumir, dizendo em Tv’s, rádios, jornais e sites de internet que fez isso e mais aquilo. Mero placebo. Aquilo em nada muda a sua vida, nem a de seus vizinhos, tudo está na mesma, desconcertantemente igual. Mas ainda assim acreditas no milagre de que no futuro, essas “obras” emergirão e trarão senão a revolução, talvez uma mudança significativa. E ai, três anos se passam e o desaparecido aparece, já se anuncia a próxima eleição. Ai, o efeito deixa de ser placebo e você já pode (e deve) vestir uma camisa “maneira”, colar adesivos e até, receber um vale gás... Ah, mas você não percebeu, o medicamento é o mesmo. Ruim e indissolúvel. O futuro vai chegar e passar por você, e aqueles comprimidos, tão verbais ouvidos por ai, na verdade são farinha e soda cáustica, que ingeres de quatro em quatro horas, você jura que está resolvendo mas na verdade, é mera ilusão!!! Conselho: mude o remédio, ele deve sempre ser eficaz!





E mesmo que o “farmacêutico” jure ser muito bom o remédio indicado, sempre procure uma segunda opinião!

Receba essa galinha pulando!



Quando da democracia, há tempos atrás, percebia-se certo “revolucionismo” por parte dos conservadores signatários da coroa brasileira. E tudo era anarquia, logo eles que jamais admitiram a liberdade de espirrar, inundavam nossas vidas chinfrins de palavras intelectualizadas e marchas às belvederes, afinal, pra relaxar é preciso comprar.

Agora, essa mesma aristocracia pagã volta às celas de nossas casas justamente no “hall” dos enlouquecidos violentos। Estaria a burguesia querendo chamar atenção para algum fenômeno social até então desconhecido? Estariam eles sob “choque de realidade” e buscam dar sentido à suas existências torpes?

Sim, por que os bandidos de Alfa Romeu, Sedans e air-bags nada opcionais andam por ai agora se divertindo em machucar, matar e até, pensem vocês, roubar! E se já não bastava as vítimas do ócio mental e financeiro eliminar dos nossos dicionários o verbete PAZ, ainda temos que nos acostumar (mal quase impossível de afastar) com esses santos de marca maior (me perdoem o trocadilho) invadirem os espaços até então já equilibrados pra tomar a nós, pobres cidadãos como flagelados de uma guerra dentro de outra. E cá me pergunto: Se a democracia os incomodava tanto, imagina se essa justiça tão democrática a favor deles não existisse, se por acaso seus relógios Rolex combinariam com o ato de enferrujar numa cadeia suja acompanhados de muitos pobres pra lhe ensinar o que são motivos pra mal-fazer? E ai? Receba essa galinha pulando!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Ser negro, preto, retinto e azeviche. Quem quiser que corra!!!


Em um país cada vem menos colorido ainda percebe-se no ar e nas palavras o dito preconceito de raça. E por mais que se negue (sobretudo os brancos de alma) e que não se sinta (nesse caso os “brancos” de pele) a verdade é que cada dia mais se percebe que ser preto no país verde-amarelo é padecer, e muito!

Outrora, via perplexo uma senhora de tez amarronzada (entenda aqui como branca nórdica) sair de seu assento no ônibus após um rapaz dois tons acima sentar ao seu lado. Não, ela não ia descer no próximo ponto, ela na verdade sentiu medo. Não é meio louco achar que via de regra um preto lhe assaltará?

Mas ai eu vou e volto, coisa de gente preta. Onde vemos um médico retinto atender a aristocracia dessa cidade provinciana? Qual advogado é visto ganhando causa de burguês maluco que esqueceu da realidade? Quem de vocês viu uma madame preta passear pelas alamedas e belvederes da vida trajando roupa suíça e perfume zambiapunga? Qual de vocês percebe que ao seu lado, na hora do jantar, fenece ali uma pessoa preta e de marré-marré-marré (desculpem a infantilidade aparente)?

O fato é que não nos enxergamos pretos e não enxergamos nos outros a obviedade de uma história que nos misturou, e ainda que isso tenha ocorrido nos pintou de cores escuras, latentes e inegáveis. Se você nega ou tem medo, então corra!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Borra de café e uma oração forte!


Nesse país onde até as lendas de um folclore peculiar se afastam do espírito nacional, (sobre) viver é a cada dia que passa, impossível. E mesmo que estejamos lutando contra um maremoto forte demais pra ser superado, parecemos (e perecemos) desconhecer a realidade.

Até em nossos lares nada seguros, podemos (e seremos) tornar-nos vítimas das mais loucas vicissitudes. Imagine-se com família, incluindo o cão e o jabuti, numa refeição parca, porém suada e cai, em suas cabeças (literalmente) um avião. Na hora, aos vizinhos isso parece o fim do mundo, mas na verdade é o fim de seu lar e pior, o fim das pessoas que sempre foram pra você, a única coisa de boa nesse mundo nada fatalístico.

Dois dias depois você acorda e a sua frente um quadro com uma senhora de branco pedindo silêncio. Mas não estava jantando com a família? Ande, arrume-se, ainda dá tempo de chegar ao velório. Aqui jaz! Mas o que houve? Latrocínio ou seqüestro? Caia na real, o surreal aconteceu.

E me perguntas se há o que se fazer! Penso que existem poucas saídas. Uma delas é ler a borra do café, que dizem ciganos, que mostra parte de seu futuro, e claro estar que nesses momentos, não há nada mais providencial. Ou então, apelemos para o trivial, e oremos. Quem sabe assim, essas coisas tão cotidianas tornam até a sua velhice apenas lendas de um folclore super macabro.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Finados ou refinados?



Amanhã se celebra o dia dos mortos, que amamos um dia ou os que nunca vimos pessoalmente. No sentimento, saudades e muitas vezes, tristeza, que uma ausência como esta causa, sem a menor condição de reposição.

Mas não é preciso chorar, isso de prático, no fundo, não é nada. Orar, desejar bom lugar ou mesmo nem lembrar, talvez sejam atitudes que tragam melhores resultados. Mas há quem ache que tratá-los como Majestades resolve a dor... Transformam sepulturas em Taj Mahal de luxo e riqueza, onde só faltam microondas e freezer, para as cervejas, naturalmente para o falecido.

Sem falar que nessa data, os túmulos célebres tornam-se mecas de visitações, orações e chororô... Saudades de um talento, de uma presença ou de nada, apenas por que fez algo que quase ninguém nem se lembra (Celebridades são eternas e isso é ao pé da letra). Mas esses sarcófagos são sempre espetaculosos e mesmo os que em vida em nada tinham de aristocráticos se vêem embaixo da terra com um peso sobre seus esqueletos que só opulentam a imagem do outro sobre o que foi sua vida. Afinal, temos a mania de procurar ídolos e forjar heróis, e os mortos não se defendem.

Mas não é estranho que não valorizemos a vida e necessitemos de seres já idos para nos acalentar em tempos que ainda virão? E achamos isso a última moda, último grito no dia 2 é estar à beira de um Resort (ops, cemitério) visitando alguém que jamais vimos. Esses deuses tão refinados moradores de castelos se pudessem falar certamente diriam:
Por favor, vassalos. Vão cuidar de suas mães e cães! Ah, e já que estão por aqui, tragam pra mim aquelas meias de lã e um livro do Harry Potter Por favor.
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