Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Boi-bumbá versus Bumba-meu-boi



Traiçoeiras malícias herdadas por mentes colonizantes, pioradas com a mistura histórica, respaldadas pela opinião pública e sincretizadas pela comunhão da sobrevivência. O jeito brasileiro não parece ser algo bom, soa na verdade como a forma cafajeste que se dá quando a solução se mostra complicada. Esse corolário já atravessou os oceanos, sob amálgama de ser e existir do povo. Eu, você.

Na eminência de ser esperto e não expert, os infortúnios são driblados sob o tom de solucionar, e neste caso os meios justificam os fins, resguardados pela amálgama... Ah, esta maldita. Vemos diante de nossas fuças, a liberdade de resolver, a explosão da ética, da moral e da retidão. Não que o moralismo seja benéfico, mas de fato, bom senso e critérios nunca mataram uma mosca.

O grande problema é que puxar a sardinha para o lado mais expert, trás sobre si a desculpa de que tudo não passou de um engano, mas está ali, estampado para quem quer que seja, que tudo é nada mais que o JEITINHO. Jeito este que nos faz crer que “tudo vira bosta”, não importa sequer se a sobremesa veio antes do prato principal. Que tal a construção de novos valores, já que os antigos, andam tão retorcidos, que este novo ethos parece fazer parte da nossa educação doméstica, escolar e da vida mundana, esta sim, já nem tão mundana, dado os fatos.

Seria sim, uma nova vida. Vida esta pautada em respeito, em regras e limites, em bom senso, em educação e empatia, tudo dissolvido na naturalidade, como algo inato. Assim, não estranharíamos um duelo entre o errado e o mais errado, cabendo ao erro o papel de coadjuvante, não ao que vemos hoje. “Sorte” têm os bois da vida... Estes possuem papel de destaque, não lhes sendo julgado seu papel de mocinho, mas sempre de vilão.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sobre a arte de não sentir saudades...

Antes de sentir, algo nos retoma, arrebata e mata, nos cegando como se fossemos seqüestrados por uma força intangível. Neste momento, como carne pútrea, padecemos absortos aos sentimentos que nos conchavam, nos embriagam por sua letal energia e nos cavalgam ante ao desconhecido. Somos frágeis.

E mesmo que lutemos, a guerra é gélida, insuportável. Temer a ela significa não prosseguir, pois sua ação é fato, não há como escapar. Uma das mais cruéis das criaturas nos remete ao passado como se pudéssemos reviver. As marcas, muitas vezes já esquecidas, apesar de presentes, voltam como chagas não curadas. Doem tanto antes, ou se foram marcas felizes, doem como se necessitassemos voltar. A luta já começa perdida, pois sem avisar, sentimos o arrebatamento da criatura nos açoitar. Por mais cruel que sejamos ela deixa marca, difícil é apagar.

A distância, a fatalidade, a maldade. Todas essas sutis sensações nos fragilizam para que a criatura por ali, nos assole. Por mais que pareça estancado, sentir a saudade é tornar-se impotente mesmo sem querer. O grande problema é que não voltamos ao passado. Não revivemos. Não há outro caminho real senão o futuro, visto que o presente não existe. E por onde fugir?

Bem, eis a questão. A única possibilidade da fuga é se antecipar a ela, ou seja, não viver tudo aquilo que um dia ela mortalmente te trará de volta. Cruel? Não sei. O fato é que prefiro encará-la e deixar que tenha muitos caminhos a percorrer, todos com intensidade. No final, tudo estará tão confuso, que ela nem mesmo saberá como me atingir, assim, fortaleço-me, cada dia como o último e o próximo sempre como o primeiro. Sei que ela uma hora vai ganhar, mas fazer o que? Não se pode ganhar sempre!
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