Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Dois litros de Lexotan®.


É verdade, realmente andamos por ai, absortos! A cada passo ou piscar de olhos nos deparamos com situações aos quais é difícil manter a sintonia normal do nosso psicológico. Mas se decidimos deixar de sair e nos enfurnar em casa, lá está a TV a mostrar as mesmas cenas que antes, preferi me abster pra não me indignar. Decido desligar a tv, mas ouvir a rádio dá no mesmo, vamos então abrir uma revista... Ledo engano, a mesma realidade (irretocável) está lá estampada e comentada às vezes com mais detalhes do que a própria imagem. Decido então dormir, mas parece que os sonhos estão sendo captados pelas antenas de TV, ou pelas freqüências modulares das rádios ou pela energia da revista que está lá na sala. Sonho (ou será pesadelo?) com a realidade.

Será que está difícil viver no mundo de fantasias? Tem horas que gostaria de me refugiar lá, pelo menos, teria dois minutos pra sossego e ainda ganharia dois tostões de alegrias. Tem horas que a realidade assusta, incomoda e muitas vezes aflige quase ao desespero. Não é possível fugir, nem mesmo ao seu mais íntimo refúgio, pois nele estão marcado a ferro e brasa esse invólucro de perturbações e conturbações de nossa sociedade.

O que resta mesmo é tentar mudar essa realidade (quase instransponível), se adequar a ela (quase impossível) ou tomar por dia antes de sair, dois litros bem medidos de Lexotan! Aliás, acompanhado de um copo de whisky. Assim quem sabe não enxergamos uma realidade diferente, somente possível quando nossa mente está em lugar onde nem a fantasia pode impregnar de tanta realidade e onde conseguir imaginar algo que não seja tão cruel como o real seja possível. Ou não.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Fica com Deus! Depois devolve!


Caramba, nem mais o imaculado leite de cada dia está livre dos nossos Arquitetos de coisas ruins. E não é querendo ser maniqueísta não, mas é que está cada vez mais difícil, acreditar nas pessoas humanas, físicas e jurídicas desse País. E ai, só recorrendo mesmo a Deus pra ver se alguma providência é dada, talvez nesse caso, ele tomando a frente da Agência Sanitária ou então, ocupando nossos estômagos e fígados, nos defendendo da soda cáustica e da água oxigenada inimigas!

E mesmo que ele vença, terá que fazer curso Senai, por que a cada dia nos exigem capacitação pra tanta maluquice e tantas espoliações de maldade em cima da coitada da bondade. E ficamos reféns, dando leite imaculado aos nossos próximos contendo quiçá, pó-de-pirlimpimpim. E ainda dizem que nada há de demais no quesito abalar a saúde humana, será? A seguir cenas dos próximos capítulos, naturalmente se nossos rins, fígados, estômagos e pâncreas não desistirem.

Agora imaginem se a Vaca desistir, certamente esse leite será a última da moda: é leite, não vem da vaca, tem soda cáustica e não faz mal à saúde. Olha, sei que cada um tem seu próprio Deus, mesmo ele sendo um só. Então, por via das dúvidas me despeço: Fica com Deus! Depois devolve, ok?

A Rubra-Rosa ainda não despetalou.

O que é ser poeta! Resposta secreta: alguém já ouviu falar? Pergunta incorreta: É um deles?

Bem, quase como uma Confraria, mas de pele e também estrias, andamos por ai, quase sem sorrir, pois se motivos existisse, todos também sorririam e também seriam poetas. Um sorriso pálido, esquálido, ácido e de poucos dentes na boca, afinal, temos coisas mais importantes pra cuidar...


De mente aberta, pois nem adianta fechar, pois arrombam. Se sociologia discreta em meio a tantas criaturas rasas disputando um lugar no Circo. Com sentimentos secretos, pois mesmo você lendo, jamais saberá de fato a imanência desse ser. E mesmo que não sejamos de fato imanentes é eminente o conceito de realidade e também, espiritualidade que toma nossas veias sem pagar IPVA।

E se não entendes é porque talvez não se entendes como poeta, e mesmo que isso seja sua meta, não há de se escolher algo tão difícil e doloroso, ao menos que sua veia de escritos seja nas linhas de por na boca de cantos o seu dissabor. Mas se espera que leiam por graça e insurreição sentimental ai sim és um poeta, que pos mais que seja rubro e róseo, e que isso esteja tão fora de foco, sabes que ainda não despetalou.

E antes que caia uma última pétala, saibas que de um poeta só se esperam duas coisas: que exprima seus sentimentos e que com suas palavras ainda simbolize ao pé-da-letra o sentimento alheio.

O balé do Lé-sem-cré!

O fabuloso Balé dos Corifeus deste País tão futebolístico!



Oba! Que maravilha! Sediaremos a copa de 2014 e quem estiver vivo até lá poderá assistir a uma das poucas menções patrióticas de nosso povo nada neurótico. E por mais que suas panelas estejam vazias, gastará R$ 500,00 para comprar ingressos lá nos fundos da arquibancada, afinal vale muito a pena.

Sem trocadilhos, a pena mesmo é que será um dos raros momentos de abuso de alegrias, sem precedentes. Mas concorremos solitários, até a Colômbia (bem armada e potência em narcóticos Mundial) deu vez ao “Gigante pela própria Natureza”. E comemoramos, a vitória anunciada há tantos meses, somos os cicerones de mais uma copa do Mundo.

Atenção retire sua peruca, camisa e bandeira do guarda-roupa. Afasta as traças e o mofo, já é hora de torcer, e agora sim a disputa será ferrenha e pra valer. Teremos que ganhar de corruptos que ganharão em obras superfaturadas horrores de dinheiro, teremos que ganhar do povo que anseia por entrar nos estádios e se deparará com os preços exorbitantes, teremos que torcer pelo próximo Presidente que certamente estará reeleito para a bendita Copa e teremos que torcer pra que consigamos ao menos, fazer uma meia-sola e receber os turistas futebolísticos sem uma arma na cabeça e um punhal na mão (coisa deveras difícil).

E por fim, torcer... Torcer de verdade pra que não façamos como na Copa do Brasil em 1950, e percamos na final, para um país que justamente nesse processo bem “democrático” nos deixou sediar a linda copa de 2014. Por favor, pode passar!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Loucos Ltda


Dizem que todos somos loucos, mas quem na verdade fez essa afirmação? A única criatura sã que já pisou na Terra? Formidável! Inacreditável então a falta de homogeneidade nessa loucura tão humana, pois cada qual sabe do seu cada qual, onde lhe apertam os calos. E isso não é necessário loucura, afinal... Quem somos nós pra dizer que fulano é louco? Aliás, será que alguns realmente não nos soam como loucos?

Será mesmo que a maconha é tão prejudicial que não se possa vender nos supermercados e bares, como cigarros de tabaco, cervejas e balinhas de açúcar? Por que os loucos usam feito loucos escondidos e me parecem favorecer bandidos que se fossem Ltda ou S/A, talvez não achariam graça do tal negócio.

Será que legalizar o aborto diminui criminalidade (ouvi isso de um Carioca nada louco)? Sim, por que só pobres “produzem marginais, e a aristocracia contemporânea apenas copia essa moda pra serem alternativos e condizentes com a realidade!”. Viva ao povo bonzinho!

Comentam pelos corredores e becos da cidade, que a vida está cada vez mais fácil, mais oportunidades e menos discriminação. Não sei dizer. É que moro em Netuno e venho aqui à planeta Terra apenas pra comprar pão... Essa realidade daqui é muito confusa, mas não foi por esses tempos que mataram índio, agrediram doméstica, estrangeiro na Inglaterra, chutes em mulher lá na Espanha? E ainda que aqui na Bahia (quiçá Brasil), ah, me perdoem, existe democracia racial? E certas coisas ainda são proibidas!

Acho que essa reflexão me fez compreender que na verdade somos mesmo loucos, sócios de uma empresa infalível, chamada Loucos Ltda.

Não conte a ninguém!





Psiu é segredo!!! Se não conta seus segredos mais íntimos a sua calcinha ou cueca, certamente procura alguma orelha pra desabafar. Como diria Benjamim Franklin: "Três pessoas podem manter um segredo, se duas delas estiverem mortas”. Na certeza de que aquele momento é apenas um mero desabafo (ou não), você se abre e conta em detalhes aquilo que te angustia, aflige, mutila o juízo.

É quando me reporto a Pitágoras: "É mais fácil conservar na língua um carvão em brasa do que um segredo”. Aquilo que julgavas ser sepultado na memória do coveiro (aquele que ouve), por apenas alguns segundos, retorna a vida, ainda mais forte e passa a ser um fantasma vivo a te perturbar: "Quem revela o segredo dos outros passa por traidor; quem revela o próprio segredo passa por imbecil”, já dizia Voltaire.

E esse momento seu, é massacrado pelo maldito arrependimento, "Se queres que outrem guarde segredo, guarda-o tu primeiro”, (Sêneca). Coisa maldita, criatura infame, por que fiz isso? Ora bolas era um segredo e não notícia de primeira capa.

Digo isso, por que guardar segredo é uma arte, alguns a dominam outros, jamais dominarão. Então, muito cuidado, "A embriaguez e o amor revelam os segredos”, pois então, elimine da sua vida, esconder algo, pode ser terrível nesses momentos de relaxamento não controlável e não conduzível. E já temos problemas demais, pra viver o martírio de guardar pra outros e de outros, segredos.

Termino com a frase intrigante de Pagnol, mas não o conte a ninguém: "O segredo mais difícil de ser guardado por um ser humano é a opinião que tem de si mesmo”.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Faraônicos, Napoleônicos, Babilônicos e jamais, Brasileônicos.



Imagine você, se os políticos que hoje são oposição (ou vice-versa) invertessem seus papéis, apenas por segundos... Será que eles atacariam as obras desnecessárias? A má administração? Problemas sociais não resolvidos?

A força do discurso nem sempre está na concordância, mas no que você precisa acreditar pra que eles tenham, talvez, algum sucesso. E me pergunto, se refletimos sobre o que vemos e ouvimos, se somos críticos ou se engolimos cada palavra como uma realidade indiscutível e cheia de provas (olha ali, não vê?). E esses loucos que adoram discursos faraônicos, cheios de palavras confortantes, caso você vote nele, às vezes em nada, poderão lhe ajudar.

E aqui em quem acreditar? Nos loucos napoleônicos, transgressores, renovadores e ilibados de alma e índole? Seriam eles a solução e coitados, ainda não tiveram todo o tempo necessário pra mudar e melhorar? Engraçado é que os que já foram e querem voltar, sempre dizem que muito foi feito e que ainda dá pra fazer muito... Como tenho quatro graus de miopia, às vezes não enxergo (corro no Oftalmologista). Aqueles que estão e têm o poder, dizem que fazem (mas ainda não fui ao Oftalmologista) e falam que ainda farão mais!

Gostaria que ao inverso desse universo Babilônico, que brotassem de “trevas” ou da “luz”, seres genuinamente Brasileônicos... sem naturalmente, rimar com a palavra camaleônico. Viva ao povo!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Sapo cururu





As idéias revolucionárias de mentes libertárias muitas vezes com pudores de genitálias podem mudar o mundo? Porque criaturas que muitas vezes sonham em mudar o mundo não mudam sequer suas vidas pra que isso ocorra e ainda comentam, em reuniões (em mesa de bar), que essa mesmice precisa ser chacoalhada?

Quando olhamos as atitudes, percebemos a frouxidão que se instaura, e na verdade, é a mudança necessária que começa em você, depois te sigo, quando a pior parte se completar। E o sentimento coletivo não é daqueles de união, tão pouco de percepção e sim, de apenas provocar pra outro a luta entoar.


E então, mesmo assim, mudamos alguma coisa, nem que seja o núcleo familiar ou o bairro, pelo menos um pouquinho, o que no momento parecer ser o máximo, a glória... Mas se fosse algo com mais soldados a guerra poderia tomar outra proporção, e mesmo sem munição, essa JOÇA poderia pelo menos visivelmente mudar।



Que tal uma confraria para os que arregaçam as mãos? Sendo francos na sua convivência, amando fielmente seus amigos e amores, refletindo permanentemente sobre esse cotidiano perverso e entendendo que como está precisa mudar. Atenção! Aqui não é permitido Sapos Cururus, que só cantam quando têm frio!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Dolce & Gabbana pra tomar banho de lama

A Odisséia em busca de se tornar Santidade! Ou Sumidade!




Hoje reflito sobre a importância e necessidade de estudar. Ah! Desculpem-me, quase em deja vù, sinto meu corpo nu, visto que ao tratar desse assunto, estou também falando de mim. Sim, porque anos de estudo me permitem estar aqui, escrevendo pra vocês a partir de reflexões que as leituras me conferiram.

Claro, que o sertanejo dos cafundós desse Brasil grande demais pra ser um só, também terá a mesma facilidade que eu, pra refletir sobre as mesmas coisas (ou não), sua opinião pode variar (ou não), sua escrita pode rabiscar (ou não) e até sua mente pode pifar (ou não!!!). Quero dizer com isso, que horas com o traseiro sentado frente aos livros e aos loucos que leram antes da gente pra nos ensinar não nos fazem melhores e nem tampouco especiais.

Decerto que estudar, nos permite avançar e refletir sobre etapas e processos de nossa sociedade, porém não é certeza de não distorcermos as coisas, visto que a realidade é uma só, mas as múltiplas interpretações é que são elas. Então, refletir sobre Nietzsche, Durkheim, Freud ou Marx em nada nos endeusa frente aos outros.

Por isso acho graça, quando os superiores-seres-de-porra-nenhuma chegam pra esse circo chamado sala de estudos trajados de Dolce & Gabbana. Oras, pra que mesmo? Ali é um momento, ao meu ver, justamente contrário a uma cerimônia no Castelo, visto que bocas banguelas estão ali justamente pra mastigar pedras.

E saímos enlouquecidos, com as mufas em desespero, sonhando entender o mínimo, colocando-se em momentos não oficiais (gargalhadas), a cabeça em reflexão. E compreendemos. E repassamos. E nos endeusamos. No fundo, ali temos uma posição, uma reflexão, pois se pensarmos direito, não estamos compreendendo a totalidade e sim, mera parcialidade.

Logo, essa dinâmica de aprender me parece um local de sujeira, onde nós, sem eira-nem-beira, agora com poucos dentes na soleira, tentamos insuflar de uma besteira, a razão pra nos elevarmos. E logo, com trajes Dolce & Gabbana, subimos aos céus de lama, com nossas mentes em chama, dizendo ao outro, que se abaixe sobre a realeza e aprenda com a nossa esperteza. Talvez uma roupa de chita, ornada com fita, demonstrasse mais nossa condição. Talvez, conhecemos mais de determinados assuntos (e isso é legal e PODE ser importante), mas porque isso nos endeusa? Apenas por achar (e discutivelmente), que um Dolce & Gabbana não combina e nada com um banho de lama?

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Militância, espiritismo e outras discrepâncias.

Minha gente tem horas que me pergunto se não vivo tal como o homem-de-neandertal (Homo neanderthalensis), que de tão precária e inóspita “sociedade” ficou em um longínquo passado e tornou-se pra nós (malditos Homo sapiens), símbolo de negatividade e precariedade (sub-raça). Lembro da frase de Albert Einstein: "Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito”.

Pois bem। Sendo assim, me irrito comigo mesmo, por participar de militâncias (pois deveríamos não precisar), visto que lutamos tanto pra esclarecer (desculpem o Iluminismo) os sapientes do óbvio: somos todos DIFERENTES (e aqui, nem me interessa a lei). Se eu tenho as mesmas peculiaridades que você, a única tentativa de poder me diferenciar de ti é o fato de que penso e reflito.

Logo, o que lhe importa o que faço de minha vida? O que lhe importa se eu gosto disso ou daquilo? Se não atravesso os meus limites frente a você, sou tão inofensivo como um “desprezível Neandertal”. Logo, deixe-me viver e me poupe de ter que militar, fazendo de minha vida, o lócus de batalhas quase sanguinárias em busca de compreensão das diferenças.

E se você acha que pode pensar de mim o que quiser: está certo! O que você não pode e nem deve, e que ainda, eu jamais permitirei, é que consciente de suas possibilidades, você atravesse os seus limites e me atinja, inofensiva como uma “desprezível bomba de Hiroshima”. Ridicularizando-me oportunamente no único intuito de me aniquilar, pois de alguma forma eu lhe incomodo.

Se você é livre de preconceitos, que bom! Permito que você saia dos seus limites e venha até mim, e espero que me possibilite o mesmo. Se você é preconceituoso, marque com navalha em sua carne a frase de Charlotte Bronte: "Sabe-se muito bem que é dificílimo erradicar preconceitos dos corações cujos solos nunca foram revolvidos ou fertilizados pela educação: preconceitos crescem ali firmes como erva daninha entre pedras”. Ou então, imagine, se numa sessão de espiritismo, convocássemos aqui o Homem de Neandertal. Ele poderia dizer a você estarrecido: Que droga de ser evoluído é você!?!

Suco de manga e poucos centavos no niaeiro


Ora bolas... O que mais na vida há pra se fazer, do que economizar centavos no niaeiro e tomar suco de manga? Não vejo outras possibilidades que não essas. Observe meu raciocínio: Podes visitar mamãe se medo de ser assaltado (a)? Podes ira na “Boate” sem receio de cair em um “boa noite Cinderela?” Podes ou deves trazer um conhecido (a) pra assistir um filme e dormir em sua casa? Conseguiria ir numa festa aborígine de camisa e dançar e beber sossegado (a)? Teria força e coragem pra beijar a boca mais deliciosa do bairro sem ter medo de virar notícia de tablóide?

Pois então, se tuas respostas são unanimente “não”, acho que há similitudes em nosso pensamento. Então acho prudente guardar dinheiro no “porta-nica” (entenda como nica o chamado vil metal), cofrinho, niaeiro ou porquinho de barro, para momentos de paz futura (ao qual sei que não estarei vivo pra ver) ou então, beber aos limites extremos, suco de manga, sem dó e nem tão pouco piedade.

Sim, esses não me parecem perigosos, visto que assaltantes não se interessam pelos cofrinhos, mas decerto pelo seu celular, conta bancária ou sapato fashion última moda. Ou ainda, pelo seu carro para assaltos de classe média-alta, ao qual você nem sabe a respeito e ainda paga suando bicas, as prestações, IPVA e tudo mais.

Quanto ao suco de manga, sem falar nos agroquímicos (agrotóxicos ou venenos), nada tem de demais... Fora o trabalho pra tirar os centavos do niaeiro pra comprar eles (os frutos), nada têm de perigosos. Quer dizer, e tome-o em casa. A saída à casa de sucos ou lanchonete, decerto não te permitirá sair ileso (a), e sim, machucado e estarrecido, pois esse mundo não conhece mais o valor das coisas e tão pouco, o sabor de um copo de suco de manga. Tin tin!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Lucerna sublata nihil discriminis inter mulieres.

Nessa terra do “salve-se quem puder!”, muito do que se ouve são gritos. A sociedade escandalizada assiste na televisão o terror em Mianmar, ao mesmo tempo, ouvem tiros no quintal de um vizinho muito banal. Normalidade das coisas, o que fazer pra mudar? É assim mesmo a vida. No dia seguinte ao “Boa Noite” de Fátima Bernardes, procuram saber dos babados, de muitas anáguas de muitos detalhes.

As motivações são já sabidas, afinal, o ócio de cada dia, as leva todos os dias à janela da mais enxerida. Mas que loucura é esse mundo de hoje, que de tão tacanha tornou-se selvagem. Até vi ontem estarrecido o Leão do Governo Federal me falar de diminuição de taxas. Ora bolas...!

E nessa floresta sanguessuga de gente tão próxima e familiarizada com os problemas alheios, que em tanta violência e repúdio ao outro, nos escandalizamos com o preço do leite integral. E de tanta macacada por um pouco de farinha, destrói-se uma vida por uma merreca ou nem isso. E são esses vizinhos e vizinhas engalfinhadas na arte da fofoca, que se ouve em anedota o que houve ontem no bairro.

Como não sou de tal hábito, absorto e entediado, assisto na televisão um maluco fritar batatas, mudo de canal e me empolgo, pois se vislumbra na minha frente chá e filosofia, a vida boêmia na capital Romena. Ponho a me esgueirar no sofá, que coisa peculiar. Na hora de dormir, algo me incomoda, pois ouço da janela, o último fôlego da fofoca. Mas já é tarde e ainda assim, fala-se de que?

É que a noite todos os gatos são pardos (Lucerna sublata nihil discriminis inter mulieres), e a mesma que agora conta o lastimado, em tempos de outrora ou até mesmo AGORA, pode ser a vítima ou a vitimadora da próxima fofoca.

sábado, 13 de outubro de 2007

Acerca da paciência e do câncer de pele

Quando se pensa em cidade litorânea e no trópico, como é minha terra Salvador, impossível não se pensar em encomendar todos os fins de semana, o Câncer de pele. Sim, porque a carga de sol que a couraça recebe quando nos engalfinhamos nas praias lotadas da vida, é quase o necessário para iluminar uma casa, durante uma eternidade... E adoramos, nos despreocupamos e lamentamos quando a maldita chuva “abençoa” o nosso momento de ficar em casa, sem sol.

E ai tem que ter paciência, jogar café no telhado, fazer um circulo de sal grosso no terreiro ou fazer bonequinhos de jornal pra que a danada vá embora. Até ai tudo bem, o difícil mesmo é achar a tal paciência, que em tempos de sapiência, nunca aparece pelas bandas de cá.

Como tudo é imediato (exceto o câncer de pele), prefiro mesmo é extravasar e mostrar que a chuva em nada me atrapalhará, visto que não tenho paciência alguma de aguardá-la ir embora. Então, o que faço? Saio na rua enlouquecido querendo tirar o pai (ou seria o pescoço?) da forca, com guarda sol, bronzeador, cinco cruzados (?) no bolso e meu ursinho pimpão a tira colo. Oh!!! Todos tiveram a mesma idéia (que falta de criatividade), todos vão à praia mesmo assim, nada importa mais, só a praia.

Não enxergando mais nada em minha frente do que essa possibilidade, aguardo, pacientemente, o ônibus que faz a rota pra praia mais badalada passar. Nada me importa mais, a não ser curtir a praia e ter paciência, pois na semana que vem virá o Sol.

Antes que eu me esqueça: Aqui não se trata de apologia ao Câncer de pele, mas naturalmente, o bloqueador FP 50 fica na soleira da porta esperando pra entrar, enquanto eu sorrateiramente saio pelas portas do fundo, acompanhado do “amigo” bronzeador.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Sobre Aparecida e outras criancinhas...


O dia feriado-motivo-pra-nada-fazer está quase acabando, e não por ser também dia do Agrônomo, que me ponho a pensar sobre a tal mania de religiosidade parar as atividades.
Enquanto nos engalfinhamos na sacro-santa mesa de bar, as criancinhas, que disputam a tapas o louvor do dia, se esgueiram nos zoológicos e parques criados “pra bem servir”. Onde está a pobre Aparecida?

Apareceu aqui uma idéia de que a Aparecida, aquela mesma que guarda a nossa nação (ou não), se vê à margem (sim, ela também), se perguntando se não seria melhor que não fosse feriado, pois só assim pra esse país bastardo tomar algum fôlego de desenvolvimento sério. Mas claro que não, tudo é motivo pra feriado. E como todo ócio, leva sempre a nada, coisa alguma.

E na mesa de bar cercada de criancinhas com novos brinquedos recém-fugiados de um Recall, se põem a multiplicar inoperâncias, vigiadas pelos pais e nas mãos da pobre Aparecida. E se perguntando naturalmente se não podia vigiar a França ou as Antilhas Holandesas...

Não seria ela boazinha demais? Quase uma criança de colo, que perdida no rio em São Paulo, foi achada, não por uma criança, mas por alguém que trabalhava na pesca, e que talvez tenha sido o último sinal de labor que ela ouviu falar...

Alguém ai tem uma receita de brigadeiro de panela? Está na hora da missa na televisão e não tenho nada pra fazer.

A excentricidade e imediatismo do pensamento.


Hoje através de um amigo (Juniette, lesado e especial) familizarizado com a ciber-vida me apresentou ao mundo que já me julgo adepto. Logo depois de postar minha primeira gofada neste espaço pouco pré-maturo, percebi que os pensamentos "sub judice" de minha pessoa borbulhavam tal qual espumante em meio a comemorações.

Pois então, sem medo de ejaculações precoces ou "adoslecenciamento" (pura licença poética) dos meus pensamentos, posto a minha segunda reflexão para fins de deflexão da moratória da opinião. Pois bem, por mais que minha escrita seja mais intendível para os povos do antigo Congo Belga do que pode ser pra você, no fundo, perceberás a minha intenção, que pode lhe soar excêntrica mas que em tudo tem de etnocêntrica.

Os pensamentos da humanidade há muito, se perdem em meio às falsas conjecturas daqueles que se sobrepujam, delegam sobre aqueles de fraco poder bélico, na tentativa nada indelével de silenciar. Aqueles menos audíveis, tem os seus quase silenciosos pensamentos, sufocados antes mesmo de sua concepção (aqui uma licença sexual). E nós, outorgados por uma concepção mais humanista, o que fazemos pra colocar esses pensamentos de pessoas simples nas frequencias modulares da sociedade? Pois bem, será que eles também não são excêntricos? O direito é de todos, é só degladiar-se para exercê-lo. Penso que não. Imagino que essas vozes talvez nos tragam boas idéias, uma nova perspectiva ou até, que chovam no molhado.


O problema, é que somos tão excêntricos, que não percebemos que ao nosso lado, na mesma rua, ou através de uma fechadura um uníssono coro grita veementemente: Nos ouçam por favor! É como se fossemos a uma festa de som alto, pra conhecer pessoas. Puro fenótipo, necas de ouvir e falar. Tudo que é raso seca logo. Superficialidade da mesmice humana.

Sobre a entrada celestial no mundo infernal!




Por mais que se pense que sorver vinho trata-se de louvar os céus, nada se compensa mais do que a embriaguês, e isso advem de qualquer bebida que não seja essencialmente o vinho. Então, a partir dessa premissa um tanto quanto óbvia, penso que escrever aqui seja mais uma tentativa de expor idéias, o que se faz de diversas formas, logo, minha intenção é me fazer perceber.

Seguindo a máxima que: "Antes torcer que quebrar. — Flectere commodius validas quam frangere vires.", mesmo que esteja (ainda bem) sujeito a críticas, parece-me mais interessante a ressaca do que o sabor da bebida, visto que esse periódico e metódico ciber-mundo, me soa mais infernal do que celestial.

Concluindo, pra que não me pessa mais uma taça e me culpe pelo esquecimento do Engov amado de todos os dias: sinto-me batizado, nesse espaço pagão, por ter tido o privilégio de entrar nesse mundo peculiar. A seguir, detalhes da ressaca desse momento nada puritano.

Em tempo, antes que o céu caia sobre a minha cabeça: Aceito convite para drinques ou puramente para uma singela água, naturalmente que o local é esse mesmo, e não se preocupe, que o sindico desse armengue não me lembrará sobre a lei seca.
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