Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Alheia à vida, alheia vida, a vida alheia.



A morte parece ser um dos tabus mais fortes do ser humano. Assim como as fezes, os desejos sexuais, a morte também raramente circunda os papos abertos de nossa sociedade hermética, certos assuntos simplesmente não povoam as reflexões, é cada um rodeando sua própria opinião, é tudo muito ilibado.

A vida passa rapidamente. Aqui se faz aqui se paga. O futuro a Deus pertence. A vida é feita de altos e baixos. A vida é de quem vive. Essas máximas de fato são reais? O que nos implica em acreditar que temos que seguir uma lógica natural? Tudo mesmo independe de nós. Então vamos lá: você fumar e agredir seus pulmões e os alheios é um ato de vida? Andar de carro e poluir o ambiente, causando uma série de problemas futuros e presente é um ato de vida? Ter amigos hoje e amanhã eles não significarem mais nada é um ato de vida? Plantar com veneno, colocar bandidos por três meses na cadeia, votar sem pensar no por que, são atos de vida?

A liberdade é uma utopia, a vida também é. No fundo, estamos cultuando mais é a morte. Somos seres degradados, degradantes, a construção de algo bom, isso sim é assunto pouco visitado. Onde estão os atos de “boa educação”? Cadê nossa natureza preservada e conservada? Onde estão os atos públicos, os atos de bem, a boa arte, a boa escrita? Cadê o futuro próximo, livre de maledicências? Cadê a equidade, igualdade, fraternidade, simplicidade, caridade? Onde? Onde!

Ora, deixemos de pensar como abutres! Não estamos aqui para nos contentarmos com essa carniça que o cotidiano representa hoje, fruto de um passado insustentável. Precisamos mudar! Da próxima vez em que pensar na vida, pense em como viver de forma onde as pessoas ao seu redor possam ter bem-estar. Egoísmo é um ato tolo! Ouça o grito alheio, não fique alheio a isso. Perceba que viver é estar no meio dos seus e sentir-se feliz!

domingo, 22 de junho de 2008

Olha “pro” céu meu amor...



Em época de festa junina, é melhor pular a fogueira do que mordiscar um sabugo de milho, em tempo de inflação (cadê? Cadê?) dos alimentos, o bom mesmo é plantar e colher no jardim de casa mesmo. Mas nem é sobre isso que agora vou redigir algumas palavras, mas sobre a festa de São João. Ele nasceu (e não morreu!) no dia 24 e aqui, sobretudo no Nordeste, nos acabamos em rala-bucho, licores, quentão e bolos, guloseimas e tudo mais, é a vez do interior.

Aqui na capitá muita ferveção: sumiram os engarrafamentos, os tormentos de filas nos cinemas e supermercados, há vagas para estacionar, não há empurra-empurra pra comprar um coco gelado na praia, uma paz! E viva São João! Todos e todas aqui se dirigiram a um interior desses, desde o mais frio, até o mais badalado (sim, isso existe), o mais longe ou mais metropolitano, impossível ficar na capitá. E chegam lá com sotaque local, vestem quadriculado, chapéu de palha, bebem licor ao inverso da cerveja, ouvem forró ao inverso de eletro music, comem bolo de fubá no lugar de hambúrguer. Ah... Viva São João.

As comadres se formam pulando fogueiras, as quadrilhas juninas são feitas de integrantes também de quadrilhas narcotraficantes, as danças também são sócio-inclusivas, e por mais que seja efêmero, o interior passa a ser habitável, deixou seu lado inóspito para o mês de julho, agora é hora de badalar. Santo Antônio que veio antes e São Pedro que virá depois se rendem ao bom João, de fato, a maior festa do Brasil é essa, não há lugar (fora a capitá) que não haja arrasta-pé, mas me diga ai, o que há de sobrenatural? O que há de incomum, de estranho, peculiar nisso tudo?

E eu vos digo como quem vê balões subirem no céu multicor, que essa mestiçagem não se trata de acordo cultural, trata-se de mais uma imposição do urbano sobre o rural, onde a festa tem que ser profissional, as bandas deve ser de ponta, as fogueiras se não existirem, nem falta farão, porque o melhor da festa é vestir-se como um nativo pra surpreender e agrupar. Bolo de fubá? Não, passa ai uma porção de fritas, um copo de cerveja gelada, uma camisa de malha, um boné “maneiro”, um eletro-forró e muito, muito suor. E onde estará o povo do interior? Ah... Reclusos nas casas de parentes que moram no interior de suas cidades (mais pra dentro ainda, bem escondidinho, longe pra burro!), assando milho nos gravetos e cantando cantigas... Lá, a fogueira ainda queima em homenagem a São João.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Como hienas na carniça.


O que te choca? O que te estarrece? Os mendigos e crianças pedintes são cotidianos, você nem percebe mais. Os políticos em Brasília ou residentes ai no seu município roubam, iludem e mascaram, oras, mas quando isso não acontece? Os telejornais darem mais importância ao futebol do que aos estudos sobre o Câncer, mas fazer o quê? Não somos o país o futebol? Ver os preços subirem e dizerem por ai que a inflação está controlada e que o mínimo aumentou... Mas e daí? Não ganho o mínimo!

O que de fato lhe faz cair sentado (a) na cadeira ao se dar conta de que isso de fato lhe diz respeito? Ver que o azul turquesa saiu de moda e agora é listras e quadriculados? Saber via fofoca que aquele casal não é mais tão casal assim? Ou aquela vizinha separou do marido e agora está com uma esposa? Que a amiga não paga condomínio, o filho não é mais virgem ou que o Azerbaijão concorre com o Rio para as Olimpíadas de 2016?

Ah, mas isso é tão cotidiano, isso ocorre todos os dias. Ver uma gangue de idosas roubar bolsas e afins, ver um Presidente se reunir com Gays e Lésbicas e falar em SUS/Mudança de Sexo, a menininha linda que morreu do sexto andar jazer no esquecimento, a novela das 8 ter acabado e outra já ter tomado conta, o preço do cigarro ter aumentado e o da cerveja ainda não, tudo isso deveria me estarrecer, nada isso é cotidiano, nos roubam o nosso direito de estarrecer. A desculpa é que tudo é rápido, como hienas que vislumbram carniças. Ora, não é não. Temos que ser inconformistas, não a paredes brancas, a músicas altas em locais públicos, a pessoas mal cheirosas em ônibus, a pobreza absoluta em país de ladrões, a cadeias com frigobar e celulares nas vaginas, a lap top com preço de banana e banana com preço de lap top, ao sumiço de Marisa Monte e aparecimento da “mulher melancia”. Não à besteira, à falta do que fazer, à imposição despercebida e a essa vida cotidianamente difícil, mascarada de que ainda pode ser pior.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Meio, metade, pouquinho Ambiente.


Após muito tempo sem postar, resolvo voltar falando no dia do Meio Ambiente. Esse termo nunca me pareceu tão pertinente! Oras, há de se perceber que de fato nosso ambiente, na hipótese mais positiva (ou esperançosa) está no meio, acho que até menos, devido à tão chamada Modernidade Avançando... E lá vai ela, tomando conta de tudo, deixando o meio ambiente quase que a zero, aluído, puído, diluído em meio ao DESENVOLVIMENTO.

E vemos essa luta na “expulsão” concedida de uma Ministra do MEIO Ambiente e um choque de surpresa ao ver que a nossa (?) Amazônia está sendo comprada pelo capital estrangeiro. Minha gente faz tempo que nossos vegetais são patenteados fora do País e pra fazer remédio Tipinambá-Jê tem que pagar pra gringo esperto conceder o uso, isso é meio difícil de acreditar, mas é esse meio que eles utilizam para lucrar acerca de algo que poderia ser legítimo e nosso.

E andamos por ai com carros a baforar fumaça, tiramos árvore pra casa pisar, concedemos decreto de saída às aves para as antenas de televisão espreitarem, comemos tomate ingerindo agroquímico e florimos com rosas ao inverso de flores do campo. Preferimos os leões a jaguatiricas do mato, nosso símbolo mais querido e bonito é a águia e não o tuiuiú, não sabemos o que é rambotão, cambuci, biri-biri e laranja-da-terra, mas adoramos pêssego e amoras, sentimos falta de ar puro mas olhar para o céu, só pra ver se vai chover. Onde está o ambiente inteiro? O total ambiente?

Pra perceber que o ambiente, sim, a dita natureza como digna de apreciação, precisamos perceber o que é real, e isso não se faz necessário a visualização pelo Satélite da Google Earth, não... Não... É só olhar pra sua casa e não ver nem mato, é perceber que em sua rua, lotam as poucas árvores, sempre as mesmas, sentir que cada vez mais o ar pesa, o céu perde o brilho, o arco-íris é mais raro, as matas vão sumindo, vamos jogando as sujeiras por ai, não conhecemos a nossa fauna e nem nossa flora e queremos sim PRESERVAR!

Faz-me um favor: Joga-me na lata do lixo!
Powered By Blogger