Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

SIC


“Onde andas sabiá? Alivia a minha dor!”. Hoje bem menos “cada um no seu quadrado” e torcendo para que esta circunferência diminua sem lipoaspiração, o mundo que diz “ser pequeno” hoje me atoleimou.


No País das fábulas, onde a asfixia da corrupção torna o Brasil ainda maior do que é, visto que a cada notícia escandalosa, ao qual nem mais nos escandalizamos, o País se mostra com mais possibilidades de achincalho, de avacalhação. E mesmo que haja pessoas de bem (sim, elas existem!) no mundo político, confesso já estar com o olhar treinado para desacreditar em tudo que ouço.


Após perceber a dimensão obesa do país, sabendo de histórias do Oiapoque até o Pontal do Seixas, tenho informações que (sic) este país, tende a mudar. Mudar em que? Na forma de delação? Onde aquele que ajudou se redime e jogar merda no ventilador? Não! Ouvi dizer que nas eleições, aquela democracia que as gerações anteriores tanto lutaram para ser algo factível, finalmente será não um penico, mas o lugar de enxugar o Brasil.


Depois de golfarmos assistindo o Horário Obrigatório Eleitoral, perceberemos que conhecer a pré-história da criatura política que ora se anuncia, é obrigatoriamente, não insistir no erro. Isso ocorrerá em breve (sic). Cansados de sermos gordinhos, com gordura e pelancas de sobra, decidiremos ficar esbeltos. Tiraremos dos palanques os antigos donatários de suas cômodas situações e colocaremos lá, no altar particular, pessoas com compromisso, pelo menos que não seja para o bem de todos, pelo menos que seja pelo meio ambiente, pelas crianças e idosos, pela saúde, pela educação, pelo trabalho.


Então, perceberemos que encolhemos e paradoxalmente nos agigantaremos. O Brasil ficará menor, onde a humildade e a boa índole nos unirão. Aproximados, perceberemos que enfim, tudo mudou. O passado em si mesmo jaz.


Que pena, o sabiá já voou! Logo após a dor voltou! E (sic, segundo informação consta), este meu discurso está mais para sonho do que para o real, simples e cru. Continuaremos um país da fome e mesmo assim obeso. Cheios de saturação, de problemas advindos da saúde, de uma morbidez incalculável. O bom, é que neste caso, as delícias degustadas amenizam um pouco o desprazer de estar aqui e sentir o gosto amargo de comer e depois, por nossa mea culpa, fazer cara de quem comeu e não gostou!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Por que negas? Atreve-te!


Ante ao fracasso deste mundo, aguardemos obsoletos a chegada do ano de 2012, ano profético do cataclisma. O que seria a renovação da atmosfera humana torna-se a motivação da mudança. E tudo fica como antes, onde as catástrofes anunciadas para além do presente surgem reificadas e cotidianas, o mais puro presente! O “Todo Poderoso”, com letras maiúsculas por mera importância hierárquica, se vê onisciente a tudo isso, mas parece mesmo gostar de ver o circo em Chamas!

Acode ao calor, ao mormaço, ao estardalhaço, ao fracasso. Das quimeras percebidas por negativistas, ora proféticos e ora imagéticos, agora parece tudo subverter à lógica da realidade. A comuna de pensamentos, idéias e orações, antes ‘globalista’, agora individualista, é cada um por si e nada e ninguém por todos. Mas porque negas esta sede de sobrevivência? Por que negas que andam mesmo difíceis as coisas por aqui, e antes o que era amenizado com uma possibilidade de ser aqui o inferno, agora nem este argumento parece sustentar a paz, estamos para-além-do-caos.

E tudo o que parece evoluir, caminhar com tudo o que merecemos e construímos se destrói. Corrompe a noção de paz futura e toma a volga a noção de catástrofe, de segregação do anseio humano em ser coerente. Livra-te do mal, mas ele está também em ti. Esquece-te das fraquezas, mas a energia para suportar fenece. Estorna-te as impurezas, mas o líquido que te lavará também está contaminado. É o caos.

Só resta mesmo sucumbir, perceber que do mal que faleceremos, merecemos. Esperaremos o fim, pois este é insofismável, indelével. Não chegaremos a caminho algum, pois não a caminhos, só imaginação. E me perguntarás, no final, onde enfim repousaremos?

Como atreve-te? Não sabes ainda sobre algo tão óbvio. Chegaremos a um final trágico, esquecidos no nada absoluto, entregues ao pó. E de onde restarão migalhas? Apenas no construído, no indestrutível senso de que já que estamos aqui, melhor fazer o bem, pois mal de verdade já há muito por ai, inclusive aqui. No futuro saberão de uma estranha forma de vida que feneceu por seu próprio veneno, seremos dinossauros.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Irmandade e a Obscenidade



O que há de errado neste torpe cenário artificial? Porque ante ao obliquo desejo de aparecer, se opina por estarrecer ao comover? Estarrecer é transpor! Mostrar o incomum, o não cotidiano, extravasar! Comover é trazer a tona elementos sentimentais, intelectuais, de certo, para eles, mais banais. Pode-se então, na medida do estarrecimento, trazer a Volga polêmicas de uma dita “sociedade moral”. Trazer à baila, confluências e incongruências a fim de evoluir a partir do pensamento do outro.

É a mulher que se apaixona por outra, é a religião que aprisiona e não liberta, é a vida difícil que parece mais fácil que a vida fácil, é a convivência abalada por incompreensão. Onde tudo parece beleza se enxerga impurezas, na vida é preciso seguir... Mas ao contrário, o paradigma da obscenidade e da vulgaridade são caminhos mais precisos para o objetivo almejado. A chamada audiência gosta de ver o ‘circo pegar fogo’. Entenda este tal circo em chamas como a pura e singela baixaria.

Poderia ser o circo pegar fogo por pensarmos sobre o nosso país de forma antagônica, de acharmos o aborto e as drogas algo que deveria ser liberado e ao contrário, usar vestido rosa choque em faculdade um absurdo. Pensar que a polícia brasileira é um covil de uma moral estapafúrdia e que o letramento para alguns é sinônimo de superioridade. Estigmatizar que a cota para negros anda clara demais e que ultimamente, a chamada camaradagem é a lei de suportar e não o de admirar.

A brutalidade frente à delicadeza, a crueldade e a pureza, a popularidade e o ostracismo, tudo isso parece interessante, batalha entre multi-propósitos. Mas, diga-se de passagem, achar que o interessante que há em mim é minha silhueta ante um espelho anacrônico é no mínimo constatar que o frasco é muito melhor que o produto. Bem, em certos casos, o produto parece fora do vencimento e não é preciso experimentar para constatar.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O País das Cédulas Politicamente Corretas


Danou-se. Como colocar agora cédulas de R$ 100 na cueca? Ela esticou! No Brasil as cédulas agora terão tamanhos diferentes, visto que, segundo o discurso, as pessoas com dificuldades de visão poderão perceber a diferença. Será?

Olho de forma pouco católica para esta afirmação. Não me parece fazer sentido, algo que não cola, entende? Fico imaginando as gigantescas cédulas cabendo nas meias, calcinhas e ceroulas, bolsos de paletós, maletas com segredo e ainda, nos sutiãs. De certo que ficará mais ridículo (não mais difícil) este transporte ilegal de influências... Oh, tem horas que é bom mesmo nem ver!

Nas carteiras não caberão tamanho colosso, mas de fato, quase ou nunca vemos (aqui não se trata de eufemismo) uma cédula dessas. Comum mesmo é a cédula de R$ 10 e de R$ 20, vez ou outra a de R$ 50. Mas é justamente a de R$100 a maior, a soberana. Ao menos não inventaram a de R$ 500, pois seria delatar: cédula para políticos. Mas o que é fato é que estas tais, se propõem com o objetivo anti-fraude (?), em um país que roubar é verbo que se conjuga no cotidiano.

Não sou contra ao estiramento das cédulas, que elas sejam multicores, lindas. A questão é que nada mudará apenas o acesso de pessoas que costumam em várias outras ocasiões serem desmerecidas, esquecidas e que entendem o Braille, não sou como eles, portanto não posso opinar por eles. Enfim, vamos ver no que dá, logo, os políticos darão um jeito. O corpo humano é cheio de compartimentos, e a parte mais provável também é tida por alguns como a mais suja! Voilà.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Os pinguins, as baleias e ursos polares no Haiti


Uma Nação em ruínas (*) comove uma sociedade । Fome, sede, más condições de saúde, sanitárias, enfim, um país em caos, depois de sofrer a lástima de um desastre natural, comove (não no mal sentido) o mundo inteiro. Meses atrás, discutíamos (eles) os impactos de uma economia avassaladora ao meio ambiente. Os recursos naturais abundantes são legados por alguns e negociados por aqueles que não o possuem. Sim, o petróleo, os recursos genéticos, o carbono, são naturais, e para quem enriquece, não importa ‘super-utilizar’.


Na reunião, a fatídica, não foi possível chegar a consensos। Não era de interesse de alguns, recriar uma ordem, legitimar novos paradigmas, recuar. A palavra de ordem era “não perder para continuar a crescer, destruindo, claro”. Então, surge um calhamaço e papéis que apenas delimitam o que qualquer um já sabia, e que poderia ser mandado por e-mail para as lideranças mundiais, um fiasco. Aos recursos naturais só resta esperar o seu triste fim.


Agora, um País se vê arrasado। Surgem milhões de todos os lados. Até onde podem ajudar as pessoas? Não há limites. Uma nação sempre em desordem, desagregados e com pouquíssimos sinais de alguma evolução, basicamente saindo da pobreza extrema para a extrema pobreza. E o que há de correlato entre um desastre natural e a luta a favor de uma sociedade equilibrada (falo acerca dos recursos naturais)?


E sinalizo uma resposta: o caos é fato! Desastres ocorrem o ano todo em cada região deste planeta। Decerto que esta matou milhares de pessoas que mal comiam antes de tudo isso. Mas há um desastre ocorrendo antes de forma sorrateira e agora um pouco mais avassaladora, e o que se faz para combater isso? De onde surgirão os milhões repentinos? Cabe mesmo aos pinguins, baleias e ursos polares irem ao Haiti clamar por ajuda, pegar o bonde como diz o “outro”. Quem sabe, em meio aos humanos desesperados ganham algo?


Não se trata de cinismo (ora, lá são humanos, não tem nada a ver com a biodiversidade) de minha parte, em querer comparar as tragédias. Acontece que sinto que a tragédia natural me parece um pouco maior. E este país que ora tenta se levantar frente às migalhas poderá em breve, assistir a uma ainda pior, onde quem hoje ajuda deverá estar com capuzes envergonhados, pois serão culpados por algo pior, algo cruel. É aquela mesma história: a mão que afaga, também abala!


(*) Já era uma nação em ruínas, onde cada dia, a ermo, passava como se fosse uma eternidade. O que ocorreu ao meu ver, foi arruinar o que já era arruinado.

Das revoluções dos mundos celestes – visitando o túmulo de Copérnico.


Desde a percepção, ou melhor, a constatação de Copérnico, de que a Terra girava em torno do Sol e não o inverso, um sentido novo à visão de que existem possibilidades para além do senso comum parece guiar a nossa sociedade desde então. A polaridade antes Ptolomeu – Copérnico, atualmente, entre as religiões, os segmentos políticos, os códigos culturais, as condições sexuais, as diferenças étnicas parecem subverter a uma lógica tão clara quanto à descoberta de Copérnico.

Não ofereço a putrefata discussão sobre verdade absoluta, mas de um senso de razão entre as polaridades। Assim como Ptolomeu, até o fim, destacava sua visão e legado, Copérnico aludia a sua descoberta e angariava crédulos. O problema nisso é que no vôo rasante da existência, um inestimável tempo era perdido entre as provas de quem não quer acreditar.

Não é este então o ‘segredo’ insofismável da paz, mas o respeito às individualidades é primar pela coletividade, que segue diferente। Estas outridades, a parte o caso da ciência, que eminentemente busca uma evolução/anulação de conceitos e práticas, a vida em sociedade não se consubstancia procurando esta semântica.

Se procurarmos a todo tempo, empregar esforços em provar a todo instante uma superioridade, uma constância, uma forma ideal, perdemos tempo em tornar a pintura colorida. A existência é enigmática justamente por que existe o diferente, o que não nos assemelha. Julgar não é um ‘pecado’ de quem é inferior e se acha o inverso, mas é desconhecer que a diferença só nos assemelha. Assim, uma nova revolução dos mundos celestes, é naturalmente reconhecer, que nesta constelação de possibilidades da existência humana, o único fato eminentemente previsível é que ainda no mundo, acreditarão que por mais que sempre se prove o contrário, outros duvidarão. Esta crença nada surreal é quase visceral, crer naquilo que se é fisiológico é reconhecer uma verdade. Reconhecer que existem outras possibilidades é reconhecer que não estamos do neutro, observando os pólos se repelirem.
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