Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Oba, a coisa ficou preta!




Se deNEGRir, tem algum sentido racista por trás disso, penso que seria melhor em pensar, em outras obviedades de uma sociedade tão esquizofrênica e surreal. Quando se fala que a cor negra é a cor do pecado, não se preocupe em perceber nessa frase a clareza e de um racismo engendrado. Por que pecado? Quando pecar foi bom? A não ser que ressignifiquemos tal expressão e tomemos a semântica PECADO agora como “coisa” boa e natural. Como não somos de todo católicos, preferível não comentar.

Em dia de uma consciência, me pergunto se a tal não é de cunho libertador, afinal de fato e direito somos todos iguais e assim como paladar, quem quiser que sinta os seus... Sendo assim, a coisa ficou preta, pois a cada dia, percebemos que cada um se percebe enquanto ser escuro e de beleza própria, e antes que isso se torne uma moda, corra e se olhe no espelho, essa infantaria de modelos pode um dia bater à sua porta e sua cor passar naturalmente e sem traumas como algo fashion!

E agora sem medo de pecar, afirmo de pureza de alma negra que há certas verdades inescapáveis: a cada dia milhões de frases, atitudes e silenciados pré-conceitos pairam em nossa sociedade hipócrita e esbelta, e sinto ainda frases como “fim de um racismo” e “democracia racial” entoando mais o grito de uma turma que deseja que isso seja esquecido, em tentativa de silenciar a verdade de um povo que quer que isso seja lembrado e aniquilado, deixando nossas mãos limpas e não mais pútreas, colocando nossa alma limpa e negra à mostra e não se adequando a uma “alvejância” necessária à sobrevivência, transparecendo pela tez negra aquilo que de fato somos: gente!

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