A Odisséia em busca de se tornar Santidade! Ou Sumidade!

Hoje reflito sobre a importância e necessidade de estudar. Ah! Desculpem-me, quase em deja vù, sinto meu corpo nu, visto que ao tratar desse assunto, estou também falando de mim. Sim, porque anos de estudo me permitem estar aqui, escrevendo pra vocês a partir de reflexões que as leituras me conferiram.
Claro, que o sertanejo dos cafundós desse Brasil grande demais pra ser um só, também terá a mesma facilidade que eu, pra refletir sobre as mesmas coisas (ou não), sua opinião pode variar (ou não), sua escrita pode rabiscar (ou não) e até sua mente pode pifar (ou não!!!). Quero dizer com isso, que horas com o traseiro sentado frente aos livros e aos loucos que leram antes da gente pra nos ensinar não nos fazem melhores e nem tampouco especiais.
Decerto que estudar, nos permite avançar e refletir sobre etapas e processos de nossa sociedade, porém não é certeza de não distorcermos as coisas, visto que a realidade é uma só, mas as múltiplas interpretações é que são elas. Então, refletir sobre Nietzsche, Durkheim, Freud ou Marx em nada nos endeusa frente aos outros.
Por isso acho graça, quando os superiores-seres-de-porra-nenhuma chegam pra esse circo chamado sala de estudos trajados de Dolce & Gabbana. Oras, pra que mesmo? Ali é um momento, ao meu ver, justamente contrário a uma cerimônia no Castelo, visto que bocas banguelas estão ali justamente pra mastigar pedras.
E saímos enlouquecidos, com as mufas em desespero, sonhando entender o mínimo, colocando-se em momentos não oficiais (gargalhadas), a cabeça em reflexão. E compreendemos. E repassamos. E nos endeusamos. No fundo, ali temos uma posição, uma reflexão, pois se pensarmos direito, não estamos compreendendo a totalidade e sim, mera parcialidade.
Logo, essa dinâmica de aprender me parece um local de sujeira, onde nós, sem eira-nem-beira, agora com poucos dentes na soleira, tentamos insuflar de uma besteira, a razão pra nos elevarmos. E logo, com trajes Dolce & Gabbana, subimos aos céus de lama, com nossas mentes em chama, dizendo ao outro, que se abaixe sobre a realeza e aprenda com a nossa esperteza. Talvez uma roupa de chita, ornada com fita, demonstrasse mais nossa condição. Talvez, conhecemos mais de determinados assuntos (e isso é legal e PODE ser importante), mas porque isso nos endeusa? Apenas por achar (e discutivelmente), que um Dolce & Gabbana não combina e nada com um banho de lama?