Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Isso é um assalto!


Corra! Fuja! Estremeça o chão em disparada! Corra! Avia! Em sôfrego anima-te a sumir de minha frente! Anda! Corre! De tudo o que faço, de nada me arrependo. Dizem que sou vítima de uma sociedade algoz, que não me oportunizou, que não me empoderou, que tudo me negou, por isso, corra agora! Não tenho jeito! E quando me pegarem, você estará em sua casa, preso, com grades, cercas elétricas, cães ferozes, uma arma ilegal embaixo do colchão, um altar com velas acesas e drágeas de calmantes para suportar a insegurança. Corre!
Enquanto tudo isso se constrói estarei eu, também com grades, mas livre. Ligo do celular, recebo visita íntima, como, bebo, fumo o que quiser. Logo, estarei fora daqui e você? Você continuará preso, aviltando-se de mais elementos que te dêem segurança. Em vão.
Enquanto você estudava, tinha cama limpa, chá cheiroso na xícara, banho perfumada na banheira, beijo acalorado na saída e na chegada, eu aprendia a não temer. Estava sem nada, não tinha a menor idéia de como ter tudo aquilo que via em você, quando passavas por mim e negava-me uma moeda para comprar pão, mas que depois, mudava de idéia e comprava um pouco de cola pra cheirar.
E hoje, tenho medo só mesmo dos meus, que não são tão pacientes como você. Eles não fogem de mim, eles me atacam, sucumbem meu corpo quase adolescente para a cova mais rasa (se tiver sorte) ou então, desaparecem comigo como seu fosse fumaça, assopram, desapareço.
Corra! Fuja! Já há vagas para Netuno. Aqui a selva voltou, aliás, ela nunca deixou. E tudo o que temos é luta, guerra pela existência. Nada mais me abala, nada mais abala nada. Agora, deixo de conversa fiada e te digo: Passa a vida! Isto é um assalto! Perdeu!

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