Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Por que negas? Atreve-te!


Ante ao fracasso deste mundo, aguardemos obsoletos a chegada do ano de 2012, ano profético do cataclisma. O que seria a renovação da atmosfera humana torna-se a motivação da mudança. E tudo fica como antes, onde as catástrofes anunciadas para além do presente surgem reificadas e cotidianas, o mais puro presente! O “Todo Poderoso”, com letras maiúsculas por mera importância hierárquica, se vê onisciente a tudo isso, mas parece mesmo gostar de ver o circo em Chamas!

Acode ao calor, ao mormaço, ao estardalhaço, ao fracasso. Das quimeras percebidas por negativistas, ora proféticos e ora imagéticos, agora parece tudo subverter à lógica da realidade. A comuna de pensamentos, idéias e orações, antes ‘globalista’, agora individualista, é cada um por si e nada e ninguém por todos. Mas porque negas esta sede de sobrevivência? Por que negas que andam mesmo difíceis as coisas por aqui, e antes o que era amenizado com uma possibilidade de ser aqui o inferno, agora nem este argumento parece sustentar a paz, estamos para-além-do-caos.

E tudo o que parece evoluir, caminhar com tudo o que merecemos e construímos se destrói. Corrompe a noção de paz futura e toma a volga a noção de catástrofe, de segregação do anseio humano em ser coerente. Livra-te do mal, mas ele está também em ti. Esquece-te das fraquezas, mas a energia para suportar fenece. Estorna-te as impurezas, mas o líquido que te lavará também está contaminado. É o caos.

Só resta mesmo sucumbir, perceber que do mal que faleceremos, merecemos. Esperaremos o fim, pois este é insofismável, indelével. Não chegaremos a caminho algum, pois não a caminhos, só imaginação. E me perguntarás, no final, onde enfim repousaremos?

Como atreve-te? Não sabes ainda sobre algo tão óbvio. Chegaremos a um final trágico, esquecidos no nada absoluto, entregues ao pó. E de onde restarão migalhas? Apenas no construído, no indestrutível senso de que já que estamos aqui, melhor fazer o bem, pois mal de verdade já há muito por ai, inclusive aqui. No futuro saberão de uma estranha forma de vida que feneceu por seu próprio veneno, seremos dinossauros.

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