Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
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Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Os pinguins, as baleias e ursos polares no Haiti


Uma Nação em ruínas (*) comove uma sociedade । Fome, sede, más condições de saúde, sanitárias, enfim, um país em caos, depois de sofrer a lástima de um desastre natural, comove (não no mal sentido) o mundo inteiro. Meses atrás, discutíamos (eles) os impactos de uma economia avassaladora ao meio ambiente. Os recursos naturais abundantes são legados por alguns e negociados por aqueles que não o possuem. Sim, o petróleo, os recursos genéticos, o carbono, são naturais, e para quem enriquece, não importa ‘super-utilizar’.


Na reunião, a fatídica, não foi possível chegar a consensos। Não era de interesse de alguns, recriar uma ordem, legitimar novos paradigmas, recuar. A palavra de ordem era “não perder para continuar a crescer, destruindo, claro”. Então, surge um calhamaço e papéis que apenas delimitam o que qualquer um já sabia, e que poderia ser mandado por e-mail para as lideranças mundiais, um fiasco. Aos recursos naturais só resta esperar o seu triste fim.


Agora, um País se vê arrasado। Surgem milhões de todos os lados. Até onde podem ajudar as pessoas? Não há limites. Uma nação sempre em desordem, desagregados e com pouquíssimos sinais de alguma evolução, basicamente saindo da pobreza extrema para a extrema pobreza. E o que há de correlato entre um desastre natural e a luta a favor de uma sociedade equilibrada (falo acerca dos recursos naturais)?


E sinalizo uma resposta: o caos é fato! Desastres ocorrem o ano todo em cada região deste planeta। Decerto que esta matou milhares de pessoas que mal comiam antes de tudo isso. Mas há um desastre ocorrendo antes de forma sorrateira e agora um pouco mais avassaladora, e o que se faz para combater isso? De onde surgirão os milhões repentinos? Cabe mesmo aos pinguins, baleias e ursos polares irem ao Haiti clamar por ajuda, pegar o bonde como diz o “outro”. Quem sabe, em meio aos humanos desesperados ganham algo?


Não se trata de cinismo (ora, lá são humanos, não tem nada a ver com a biodiversidade) de minha parte, em querer comparar as tragédias. Acontece que sinto que a tragédia natural me parece um pouco maior. E este país que ora tenta se levantar frente às migalhas poderá em breve, assistir a uma ainda pior, onde quem hoje ajuda deverá estar com capuzes envergonhados, pois serão culpados por algo pior, algo cruel. É aquela mesma história: a mão que afaga, também abala!


(*) Já era uma nação em ruínas, onde cada dia, a ermo, passava como se fosse uma eternidade. O que ocorreu ao meu ver, foi arruinar o que já era arruinado.

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