
Onde andam as nossas esperanças? Ué, mortas antes de nós? Mas mesmo que andem sorrateiras por ai, em busca de dias melhores, o fato é que no frigir de ovos, somos mesmo mais realistas. A tal positividade exarcebada, eivada de novas sansões e repletas de reinvenções, toda essa marmota para bem-sobreviver cada vez mais está sumida.
O tal choque de realismo (ou seria realidade?) na pálpebra daqueles que temem ver, é cruel como descoberta do mal sub-júdice. Perplexidade parece ser tão cafona quanto a relação obtusa de parecer prever. Chocar-se ainda faz parte da realidade, mesmo que já não tenhamos força de mudar o mal.
No fim, o que pretendo objetivamente dizer é que essas quimeras mitigadas para bem fazer a existência parca e mesquinha já não faz mais diferença. Lá no fundo todos já sabemos que as cores desta vida não são tão coloridas e que mesmo que o desejo pueril pouco aristocrático de seguir em frente, na verdade é uma ocultação de que o peso desse ar pesa nas narinas abertas pelo horror da verdade , isso muit mais do que naqueles que inalam o veneno tal qual a sinestesia do aroma da vida cheia de fantasias. Viver bem é se submeter à loucura.
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