Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Tão parnasiano labor!


Laborar, trabalhar, suar (às vezes), esforçar. Isso não é sinônimo de algo ruim, é sinônimo de que pra que isso exista você é fundamental. E mesmo que olhes de cá aquilo lá ocorrer, sua presença é a metamorfose e suas possibilidades, sua mimese alquímica, fertilidade signatária de sua única existência.

E tudo o que fazemos é labor, inclusive o lazer, o ócio e amar. Temos que empreender esforços, mediar contratempos e exigir sucesso, sempre tudo a contento, e como tudo na vida, a concorrência, a exigência, a eficiência e a opulência são inescapáveis. Esforços, preparação, hora certa, criatividades e senso de pertencimento são elementos fundamentais deste labor. E nisso, o amor não escapa, tudo nele está presente, com um simples detalhe diferenciador: sua beleza parnasiana.

Amar não é apenas quando não dá mais pra disfarçar. É ainda com isso, termos que todos os dias, “religiosamente” laborar, afinal tal negócio não deve falir. E como fábrica que sem férias coletivas não descansa, o vapor é incessante. Tão estafante quanto prazeroso é tal atividade, que assina carteira, cobra imposto, tem suas atividades específicas controladas por especialistas e ainda, possui desemprego.

Hum, que perdoem aqueles da mais valia, mas não vendendo sua força de trabalho em dias de hoje, corres o risco de um empreendimento filantrópico, e pra não se tornar misantropia, recomenda-se batalhar por um lugar ao Sol. E aqui me remeto até ao amor próprio, afinal se não cuidarem de ti, quem irá?

Por fim, pra não me achares Getulista em tempos (ops) de esquisitices, aqui se labora de todo o jeito. Várias formas de amar são possíveis e legítimas, intangíveis, inovadoras ou rupestres. Se não concordas pense rápido: Se amar é laborar, o digno nesse caso é ter competência e vontade de desafiar. O problema é que não há férias, pois solidão pode ser pra ti, uma aposentadoria sem remuneração.

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Já dizia a filósofa alemã, Hannah Arendt, que o labor é a expressão do fugidio, do efêmero, daquilo que não tem existência durável e serve apenas para atender as necessidades vitais do ser humano; o trabalho, por outro lado, remete-se ao durável, aquilo que tem significado e existência concreta para a vida humana. Nesse sentido, comparar ou relacionar o laborar ao amor, poderíamos dizer que assim como o capitalismo tornou o trabalho laborativo, o amor deixou exponencialmente de ser uma condição humana e é cada vez mais mais uma das necessidade reprodutíveis da vida.

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