Alfinete nos olhos! Observar pra quê?

Alfinete nos olhos! Observar pra quê?
A intuição me parece mais lúcida que o raciocínio parco dessa gente Reality... Para outros, é necessário criticizar e aqui é o lugar!

Blog do Abuh

Destinado a refletir, a liberar os sentimentos críticos, falar sobre a vida e intercambiar pensamentos. Jardim repleto de flores e frutos, comestíveis e outros, indigeríveis. Depende do seu gosto, ou desgosto!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os Neologismos de um sedento relator


Naturalmente, as angústias que cercam o âmago de uma sociedade competitiva é a natureza dos conflitos. A assoberbação dos pretéritos sobre os futuros, atoleimando a função cotidiana em sarcasmo e pouco deleite, refrigeram esta competição do “quem pode mais”. O que antes era tempo de tudo, hoje, agora, é tempo de correr atrás do passado, pois nesta loucura para lá de insana, acumular é regra.
Artificialmente concretiza-se uma falsa alegria, baseada em restos de uma sociedade que prezava o tempo. Hoje, prioriza-se fazer bem para agradar a opinião, criar uma névoa turva de sensações que não existem, apenas para não sucumbir ao processo de socialização. Então tem-se a madrugada, os espaços virtuais, a violência, as drogas, tudo isso como escape de uma realidade inventada, recriada para satisfazer um certo ar de confusão que em si mesmo é a sufocação de todos nós.
Propositadamente, as agruras e sôfregos individuais no travesseiro de cada um não se satisfazem por uma reflexão de uma essência na vida, mas por uma satisfação de uma ordem moral externa, que é imoral, incongruente, cruel.
O que nos resta é gerar neologismos, quase um mundo paralelo para existir e resistir a tudo isso. Cria-se os mundos parnasianos, bucólicos, minimalescos, virtuais. E quando foi que saímos da realidade? Quando foi que ela se inventou a modo de nos sufocar a uma fantasia como escapismo de suas garras? Acho que tudo isso se explica se pensarmos que todos os nossos sentimentos e caimentos sempre são julgados, a revelia, ad referendum. No fim, a morte tornou-se a única certeza que temos, pois a felicidade, a paz interior, a satisfação pessoal e coletiva estão neste momento maquiando-se para a próxima encenação com bilheteria livre. Grátis.

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